Este projeto foi motivado pela identificação da análise espacial como um elemento que contribui para aumentar o conhecimento sobre o vírus, sobre a relevância relativa da transmissão ambiental. Pode por isso ajudar a decidir como melhor focar os esforços, e a caracterizar o risco de diferentes tipos de locais. Por exemplo, como indica este artigo destacam-se os seguintes pontos:
Este projeto decorre inicialmente de uma adaptação da plataforma de recolha de dados com smartphones SenseMyCity. A plataforma SenseMyCity foi testada ao longo de 9 anos em vários projetos transdisciplinares, tendo atingido um Technology Readiness Level de 7.
O estudo recolhe dados usando uma aplicação para smartphones com sistema operativo Android disponível na PlayStore. São usados e guardados para posterior tratamento diferentes tipos de dados:
A participação no estudo é voluntária e requer um consentimento de participação. A recolha decorrerá previsivelmente até fim de 2020. Os participantes podem a qualquer momento desistir de participar sem prejuízo para si, bastando deixar de preencher os questionários e desinstalar a aplicação. Os dados são pseudonimizados e confidenciais, sendo tratados ao abrigo do Regulamento Geral da Proteção de Dados em vigor desde o dia 25 de maio de 2018. O estudo é efetuado no âmbito do surto de covid-19 e será garantido o pseudononimato dos participantes.
A Investigadora Responsável por este projeto é Ana Cristina Costa Aguiar, Professora Auxiliar na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e Investigadora Sénior no Instituto de Telecomunicações (IT).
Esclareça dúvidas ou peça informações sobre o projeto a partir dos emails:
Não. Esta aplicação não tem como objetivo detectar contactos de proximidade ou de permanência num dado local ao mesmo tempo, e não regista identificadores dos smartphones de pessoas que estiveram próximas.
A aplicação guarda dados de GPS no início e fim das deslocações do utilizador, e guarda outras informações que recolhe através de questionários: caracterização socio-demográfica, pré-condição de saúde, agregado familiar, sintomas relevantes, estado emocional, hábitos de higiéne e adopção de medidas de protecção.
Os dados são todos guardados inicialmente no smartphone. Depois, os dados recolhidos com questionários são enviados para um servidor centralizado diariamente. Os dados de locais visitados são enviados para um servidor centralizado após a sua precisão ser diluída para aproximadamente 700m (2 casa decimais de grau). São ainda enviados indicadores estatísticos diários e semanais da mobilidade do utilizador, que são calculados no smartphone a partir dos dados de locais visitados.
Os dados são guardados durante 21 dias no smartphone: 14 dias que é o período de incubação da doença covid-19, e uma semana para acomodar eventuais atrasos na obtenção dos resultados do teste.
Os dados individuais não são anónimos, mas são pseudonimizados. No servidor, e antes de serem partilhados com os investigadores que fazem o processamento, eles são agregados ou desagregados (removidos identificadores pseudonimizados) de modo a serem anónimos. Existe sempre um risco, mesmo que residual, de a pseudonimização poder ser revertida e alguns doadores de dados poderem ser identificados, mas tomamos precauções adequadas a reduzir a um mínimo esse risco. As precauções que tomamos e a sua avaliação encontram-se na avaliação de impacto do processamento de dados, que pode ser pedida ao responsável pelo processamento de dados (DPO).
Os dados que são enviados para um servidor são armazenados num servidor que é propriedade do Instituto de Telecomunicações e está localizado fisicamente nas instalações da Universidade do Porto.